sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A mulher e a Contemporaneidade


Estive apresentando durante dois dias o evento “Ceará mulher” onde foi realizado várias palestras envolvendo como temática o universo feminino. Foram abordadas diversas questões como as conquistas da mulher ao longo da história, as comparações com os homens, principais anseios e dificuldades nos dias de hoje, o seu verdadeiro valor no mercado de trabalho, na política, como mãe e esposa. Uma das falas que me chamou a atenção foi a da jornalista Glória Maria , quando ela disse que era necessário parar de se prender ao passado e começar a se voltar para o que está por vir, tentar manter todo esse progresso conquistado mas seguir em frente. '' é preciso ter paciência para esperar que os homens nos acompanhem, mas voltar atrás para arrastar eles, jamais''. Outra fala marcante foi a da escritora e feminista Rose Marie Muraro '' homem e mulher tem que caminhar juntos, ali, lado a lado, para fazer desse mundo um lugar melhor de se viver''. São falas muito complementares e só indica o quanto estamos vivendo esse momento de entender qual é a situação de cada um na sociedade.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um pouco da Alemanha no Porque hoje é sábado

Esse blog está voltando para expor minhas impressões sobre diversos assuntos que em mim ressoam e tratar um pouco das vivências no meu trabalho e na vida cotidiana. Nesta postagem segue um videozinho que fiz durante as minhas férias na Alemanha, visitando minha adorável irmã. Então, mandei para o meu parceiro de programa e ele mandou pro ar. Essa visita foi bem nos primeiros dias da viagem, encontramos a movimentação por acaso e como todo bom turista paramos pra ver o que tava acontecendo e entramos na festa!!


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A paz que atrai o bem.

Depois de discorrer ao longo dos dias por assuntos atuais e ao mesmo tempo tão ‘batidos’ dessa nossa vida em sociedade, se fala em individualismo, em sermos politicamente correto, no boom das redes sociais, como alcançar sucesso profissional, relacionamentos amorosos confusos, e por aí vai... Fiquei a pensar na relação que temos com o outro, como ela é essencial para nosso aprendizado e amadurecimento, precisamos nos relacionar, isso é fato. Quem não nos reverbera em nada, precisamos respeitar, quem nos toca com seu coração bondoso, tentando dar o melhor de si movimentando nossa vida ao mostrar outros pontos de vista fazendo com que você revisite os seus, são pessoas que a gente acaba escolhendo para continuar perto. E têm ainda os casos mais comuns, aquelas que entram e saem da nossa vida simplesmente para te roubar atenção, carinho e colo. Acho que da mesma forma que as pessoas entram assim em nossas vidas, nós também passamos por muitas com as mesmas intenções ora intrínsecas, ora expostas. Na realidade, ninguém sabe o que cada um necessita para está bem no mundo, nem trato de felicidade porque aí já é outra discussão. Aprendi com minhas experiências que a melhor coisa que se pode ter na vida é a paz, é o melhor sentimento que já pude ter, é como um presente que a vida dá para quem já se sentiu atormentado por diversas situações. Não que ainda não se sinta, mas é diferente. Muito diferente. Como se o que te afligia antes, não aflige mais, o que te fazia inseguro começa a se transformar em confiança. É lindo ver a nossa própria evolução, e de quem está ao nosso redor também, é maravilhoso dividir, se permitir ser tocado pela natureza, pelas pessoas e suas sensibilidades. Pena que a paz não é algo que podemos dar para alguém é uma conquista que acontece ao longo do tempo, através das inquietudes que rondam nosso ser, da ânsia de se colocar no mundo como realmente somos, de conquistar coisas. É estimulante perceber que conseguimos ultrapassar fases, e que a vida segue agora te encaminhando para outros rumos cada vez mais saborosos e prazerosos de se vivenciar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Primeira vez na Europa ninguém esquece

A vista de cidade de München na Alemanha

Tirei essa foto depois de subir mais de 300 degraus de uma igreja no centro de München. É claro que as minhas impressões do velho mundo são as melhores possíveis...um lugar que evoluiu. O que mais me encanta é justamente o que mais sinto falta no Brasil, a facilidade de viver em sintonia com a natureza, com quem convive na mesma cidade, essa harmonia com que está a sua volta. É de impressionar a noção de civilidade que eles têm a preocupação em proporcionar bem estar para as pessoas, facilitar a vida de todos. O modo de vida é admirável, vive-se muito para cuidar dos filhos, os homens são companheiros de suas esposas, dividem as atividades, são gentis, fiéis, vivem para a família. Não dá para comparar com a realidade brasileira, nem é essa a intenção, cada lugar com a sua história, mas conhecer o velho mundo é estar diante de uma realidade que sonhamos para todos, e isso aumenta ainda mais a esperança de um dia poder alcança - lá. Enquanto isso continuou aqui vivendo o meu sonho...


sábado, 10 de julho de 2010

Ser nordestino é demais!

A cada dia que passa a sociedade brasileira nos parece está se distanciando dos valores que fazem um povo ser decente e moral. Aquela comunidade no Orkut agredindo os nordestinos é de uma irresponsabilidade dos seus autores sem tamanho, o que faz alguém se sentir no direito de desprezar um povo, ainda mais do seu próprio país. Se eu fosse paulista estaria altamente envergonhada por esses insultos. Como eles querem ter direito a ter a própria cultura se na terra deles não existe produção própria de cultura. Quais foram os livros de história que essas pessoas estudaram hein? Ignorância é um mal que assola a humanidade mesmo. Essa revolta e frustração vêm exatamente pela incapacidade de produção cultural deles, simplesmente eles tiveram a má sorte de nascer num lugar onde tudo já estava ali pronto. Do-mi-na-do. A cada prédio que se vê ali foi construído pelas mãos dos nordestinos arretados, a culinária que consomem vem da criatividade dos italianos, portugueses, nordestinos. E os paulistas? Como podem exigir cultura? Eles movem indústrias, desenvolvem a economia, mas sempre preenchidos por povos de diversos lugares que chegam trazendo suas próprias culturas. Eu não sei por que os insultos com os nordestinos, num existe nem o bairro dos nordestinos, existe? Desconheço. Mas a liberdade esta lá totalmente dominada por japoneses e chineses que tomaram conta da terra deles, e eles que parecem tão revoltados com a imigração estão lá consumindo mais uma vez a cultura alheia. Mas a gente até compreende a indignação dos paulistanos, afinal nós nordestinos falamos o sotaque que criamos, temos a nossa própria música, nosso artesanato, e dominamos os espaços por onde passamos com nossa simplicidade, bom humor, força e garra. Realmente, isso é de incomodar num é?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Meu Amor por Fortaleza

É só respirar para senti, a minha cidade tem cheiro de aconchego, de lar e de paz. Aqui me criei, subindo pelo pé de Siriguela, me deliciando com pitombas , mangas e cajá, e tudo que brota desse solo fértil. Minhas lembranças recordam ainda os banhos de açude, caminhadas à cavalo e de charrete. Na adolescência, me embalei nos forrós, nas vaquejadas, era inevitável para quem nasceu em Fortaleza não se envolver nem que seja por pouco tempo nessas festas que predominam até hoje na cidade. Mas, em uma determinada fase da minha juventude, me desiludi por Fortaleza, sentir indignação por ter nascido aqui, primeiro porque eu já tinha uma aparência diferente das outras pessoas, ninguém conseguia acreditar que eu era uma fortalezense galega, alta, de olhos claros, e isso me incomodava bastante - e até hoje ainda é assim- segundo, ouvia-se muito que aqui ninguém tem condições de crescer profissionalmente, o mercado paga mal, as pessoas são sem educação, não te respeitam. Ah como eu ouvia isso... E a vontade de ir pro mundo bateu mais forte. Sem olhar para trás a abandonei. Com o coração partido, ao mesmo tempo aliviado, agi como grande parte dos nordestinos carentes de condições melhores de vida, educação, emprego e cultura fazem, vão buscar tudo isso na terra da garoa, São Paulo. Eu tinha 19 anos e só eu sei como fui recebida por lá, mas estou aqui para falar de Fortaleza, e foi exatamente estando naquela megalópole que aprendi a valorizar cada metro quadrado da minha terra. Chorava com saudade dela, pensava no seu céu, no sol que irradiava todos os dias, na rede, na tapioca, o caranguejo da praia do futuro, o mar quentinho, o sorriso sincero das pessoas, a alegria! Só me vinha a cabeça aquela frase clichê, eu era feliz e não sabia..É claro que São Paulo me proporcionou tantas outras coisas inesquecíveis, aprendi a também adorar aquele lugar, mas Fortaleza, ah! é onde está o meu amor. E ela provou que também me ama muito, depois de dois anos quando retornei, envergonhada por tudo que tinha dito contra ela. Sem mágoas, me recebeu, com tanto carinho, me deu trabalho novo, saúde de volta, novos amigos e paz. Por isso, só queria te agradecer Fortaleza, aqui é onde vivi e vivo os momentos mais importantes da minha vida. Obrigada e Parabéns pelos 284 anos acolhendo e fazendo desse povo, uma gente feliz.

domingo, 4 de abril de 2010

Memória Viva da Teledramaturgia

Esses dias tive a oportunidade de conhecer o ator cearense Emiliano Queiroz, um mestre da teledramaturgia no Brasil. Batemos um longo papo no teatro que leva seu nome, com direito a cafezinho com pão de queijo. Aos 74 anos e cheio de disposição, simplicidade e bom humor ele chegou todo empolgado, contando sobre o novo personagem que vai atuar na nova novela das oito da Rede Globo, Passione, na qual ele diz estar treinando o italiano:
- Eu vou ser um vovô italiano muito interessante, o Sílvio de Abreu disse que escreveu esse personagem pensando em mim.
Emiliano abre um sorriso largo, e seu carisma fica evidente. Saí de lá pensando que vida rica e intensa esse homem construiu, se dedicou a fundo no seu ofício, como ele mesmo chama a vida de ator. Uma trajetória de vida que vale a pena parar para ouvir, a entrevista vai ao ar em breve em formato de programa especial na Tv Opovo. Divulgarei o dia no twitter.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O ano começou!

Por mais que a gente queira driblar isso e muitas vezes nos incomodamos em iniciar o ano só depois de fevereiro, não tem jeito, esse é o calendário da sociedade em que vivemos. Pela primeira vez eu gostei de desacelerar por um bom tempo e iniciar pra valer as atividades profissionais e acadêmicas com maior leveza. Talvez, a ansiedade de ver seus esforços se concretizando logo, tenho sido deixada de lado e esteja aprendendo a apreciar o dia-a-dia com todos os sabores que ele possue. Percebi o quanto é necessário se impor , saber a hora de parar e principalmente não perder as rédeas da sua vida. Digo isso sobre as questões emocionais,
relacionar-se é um troço complicado, mas ele deve ser espontâneo, se nos esforçamos muito para que ele dê certo, pode apostar, nunca dará. A vida tem dessas, somos surpreendidos com o amor e logo depois com o sofrimento, e a gente quase nunca sabe administrar esses dois momentos.
Li outro dia na coluna olho na rua do meu professor Capaverde, que quando um relacionamento acaba e nós sofremos, na verdade sentimos falta não de quem amávamos, mas do sentimento que tínhamos dentro de nós e que vai embora deixando um vazio e é essa lacuna que não suportamos encarar. Mas claro, o tempo é brilhante e preenche tudo de novo, com muito mais intensidade, afeto, pureza e amor. Espero que nesse ano você saiba preencher melhor o seu tempo.